Lider do Ministério de Dança - Evelin Estrada

21 de dez. de 2010

É TEMPO DE DANÇAR

O Senhor veio a mim e disse: Eu quero que você conheça os meus amigos. Eu estava realmente animada pensando que eu iria numa viagem para encontrar Isaías, Jeremias, Pedro, Zacarias, Moisés. Ele me pegou pela mão e nós começamos a voar pelo céu, dando voltas, como num desenho animado. Eu não estava com medo apesar de estarmos muito alto, numa distância grande da Terra e do chão. Enquanto nós voávamos eu podia sentir a brisa no meu rosto. Eu sentia Sua mão segurando a minha, ali nas alturas, amando sentir o vento em minha face, e eu não temia, apenas por ter minha mão segura pela Dele.

De repente eu vi Seu rosto mudar. Ele se voltou diretamente à Terra e nós começamos a voar imediatamente em direção ao chão. Eu olhei para Ele, para Sua face e pude ver em Seus olhos e em Seu rosto uma determinação.

Isaías 50:7b – Por isso pus o meu rosto como um seixo (pederneira, pedra muito dura).
Eu cria que certamente não bateríamos no chão, mas eu olhava Sua face e era tão fixa e determinada que um medo terrível me tomou, mesmo eu estando segura em Suas mãos. Nós voávamos tão rápido num mergulho de cabeça em direção ao chão e Ele não parecia querer desviar.

De repente nós explodimos para dentro do chão. Eu senti a pancada na minha cabeça. Era como assistir a um filme de ação. Eu podia ouvir o som da Terra explodindo ao nosso redor, como o som de um foguete decolando para o espaço. Era ensurdecedor. Nós estávamos viajando por dentro da Terra e o rosto do Senhor nunca virava para a direita ou para a esquerda, mas permanecia fixo a frente.

Eu já podia ver o momento em que explodiríamos para fora do chão. Eu já podia ver a Terra, as rochas, a água, aquele fogo queimando e já podia sentir uma ardência e uma ferida em minha pele. Era como se a minha pele já sentisse tudo o que passava ao redor. Eu podia sentir uma dor horrível neste sonho.

De repente nós viramos para outra direção e explodimos para fora da Terra. Eu olhei para o meu corpo e ele estava todo cortado, minha pele toda rasgada e eu sentia a dor, mas naquele momento não se tratava de mim. Jesus me olhou, bem perto do meu rosto, olho a olho e disse “Eu quero que você conheça os meus amigos”.

Eu chorava porque todo o meu corpo doía. Eu esperava que Ele me notasse, visse minha dor e meus ferimentos, mas nada. Eu olhei ao redor e estávamos num lugar cheio de gente. Eu nunca tinha estado ali, mas eu sabia que era a Índia. Havia muita gente e um cheiro terrível, e eu seguia o Senhor. Ele nem olhava pra mim. Parecia que Ele queria que eu continuasse sentindo aquela dor no meu corpo. Havia crianças pequenas em todo o lugar, jovens belas garotas em prisões, e Ele permanecia ao lado de cada uma delas. Ele apenas ficava ali ao lado delas.

Os desprezados da Terra eram os que o Senhor chamava de amigos. Eu vi crianças no chão, com moscas em cima delas, de repente elas passavam daquela horrível vida e acordavam na eternidade. Ele estava ali, para cada uma, Ele estava ali. Nenhuma delas é esquecida ao Seus olhos, nenhuma.

A tristeza daquilo que eu via, junto com a dor agonizante que eu sentia no meu corpo me faziam chorar e chorar. O Senhor veio em minha direção, eu achei que Ele se compadeceria da minha dor, mas Ele disse “Até que o seu coração esteja rasgado e quebrado como sua carne está agora, você não conhece meus amigos.”

Eu não podia suportar, aquilo tudo era demais para mim. Eu estava ali, vendo crianças morrerem, mães dando seu último suspiro, e jovens garotas sendo vendidas e Ele continuava dizendo “ Até que o seu coração esteja rasgado e quebrado como sua carne está agora, você não conhece meus amigos. Você não me conhece.”

Então, no momento em que eu me derramei em lágrimas, para a minha surpresa Ele olhou em meus olhos e disse num baixo sussurro “É tempo de dançar”. Ele disse aquilo como se fosse sua arma secreta, a dança....

Ele começou a dançar, com seus pés, como um sapateado. Aqueles pés perfeitos que revelam as marcas da morte e da vida dançavam aquele ritmo, uma marcha tribal, os pés do Senhor lançando fora a injustiça. Era a dança, a batida mais poderosa que eu já havia assistido. Assistir o próprio Senhor com as cicatrizes da paixão dançando sobre a injustiça a favor dos Seus amigos. Ele disse de novo “Até que o seu coração esteja rasgado e quebrado como sua carne está agora, você não conhece meus amigos. Você não me conhece.”

Então Ele agarrou minhas mãos novamente e nós voltamos em direção ao centro da Terra, eu sentia uma dor horrível na minha pele cheia de cortes e feridas na minha carne, até aos ossos, e aquele som trovejante a medida que íamos mergulhando por dentro da Terra. De repente nós estávamos numa clínica médica.

Meu primeiro pensamento foi em relação à mim e a tamanha dor que eu sentia. Era como se não houvesse mais pele sobre os meus ossos, como se tudo tivesse sido rasgado e arrancado fora.

Ele repetia “ Eu quero que você conheça meus amigos”.
Eu olhei ao redor e vi uma lata de lixo repleta de bebês. Eu pude ver cabeças, mãos, pequeninos pés e bebês inteiros, lata de lixo atrás de lata de lixo. Alguns ainda estavam vivos e em movimento, suas peles estavam queimadas, alguns tinham suas cabeças esmagadas, alguns estavam inteiros mas com seus olhos totalmente arregalados.
Eu estava em choque. O Senhor me olhou novamente nos olhos e disse “Até que o seu coração esteja rasgado e quebrado como sua carne está agora, você não conhece meus amigos. Esses são os meus amigos”.

Enquanto eu estava ali outro bebê foi jogado no lixo pela perna. Eu pude perceber os pensamentos do Senhor.

“Ah desprezados e esquecidos pela sociedade, vocês não são esquecidos! Vocês não são desprezados! Vocês não estão sozinhos!”

Eles não tinham voz naquela sala da Terra, mas eles tinham uma voz que chegava aos ouvidos do Pai, Deus Todo Poderoso.

Suas cicatrizes nunca se apagam nos corredores da eternidade. Eles clamam dia e noite, noite e dia e têm os ouvidos do céu. Eles tem a atenção e o ouvido do Deus Todo Poderoso.

Eu comecei a gritar: “Você não faz tudo isso à toa Lou. Você não faz tudo isso à toa Lou Engle! Você não faz tudo isso à toa Lou!

Eu pude ver através do hall da eternidade que o céu conhecia o precioso nome de Lou Engle. Lou conhece os amigos do Senhor. Eu podia ouvir o constante choro dos bebês pelos corredores do céu, os silenciosos da Terra, os esquecidos pela Terra, mas eles tinham o ouvido do Pai e eles estão dia e noite, noite e dia clamando por justiça sobre aqueles que tiram suas vidas. Mas... na eternidade eles são ouvidos!!! Dia e noite, noite e dia... clamando por justiça sobre os “fortes” da Terra... e eles tem o ouvido do Papai!

E de novo, o Senhor olhou fixamente em meus olhos e disse “Até que o seu coração esteja rasgado e quebrado como sua carne está agora, você não conhece meus amigos. Você não me conhece.”

Eu fiquei ali soluçando e Ele olhou pra mim de novo perto dos meus olhos e disse naquele baixo sussurro “È tempo de dançar.”

Ele começou aquela “Nova dança” com aqueles pés perfeitos que pisaram os altos lugares da Terra, agora eles estavam dançando e marchando, bem no meio da clínica de aborto. Era tão poderoso. Era sempre na hora em que eu estava mais cansada e sem forças que Ele dizia ”É tempo de dançar. É tempo de guerrear, dançar é guerrear”. Ele dançava com Seu novo ritmo aquela batida com Seus pés. Não era uma simples coreografia, eram os pés da própria Justiça marchando sobre a injustiça, e Ele disse “Apenas espere até que a Terra me acompanhe nesta dança, alguns já me acompanharam e eu estou estendendo o convite, mas você só pode dançar quando seu coração já estiver rasgado e quebrantado.”

Então Ele veio novamente a mim e disse “Eu quero que você conheça alguns dos meus amigos”. E de novo fomos para dentro da Terra, eu quase não aguentava mais. Meu coração estava tão doído. Minha pele estava ferida. Eu olhei para baixo e parecia que uma bomba havia explodido ali próximo a mim. Estávamos descendo em uma rua bem lotada. Ele ia na minha frente e eu com tanta dor, queria que Ele fosse mais devagar, mas aquilo não se tratava de mim. Ele queria que eu sentisse a dor, para que meu coração conhecesse a dor, a abraçasse e a tomasse como minha.

Ele me esperou para que eu andasse ao seu lado. Esse lugar eu sabia, era Israel. Algumas vezes eu o veria inclinar sua cabeça para alguém como que dizendo “olá” ou “shalom”. Ele não falava nada, somente inclinava sua cabeça. Ele capturava seus olhares e depois voltava sua cabeça ao normal. Eu olhava para a pessoa à qual Ele acenou e via seus olhos incharem.

Eu podia ver uma luz se acendendo dentro delas. Eu podia ver apenas num relance Jesus abrindo os olhos dos seus corações e eles podiam vê-lo literalmente como Jesus o Messias. Eu podia ver literalmente dentro delas, conforme seguíamos nosso caminho em Jerusalém, que totalmente de repente os olhos dos seus corações eram abertos e uma pequena chama começava a queimar dentro delas.

Algumas das pessoas que Ele acenava eu sabia que eram grandes autoridades, líderes da comunidade judaíca. Rabinos. Eu podia ver literalmente em um relance o Senhor abrindo seus olhos, eu podia ver o Senhor aparecendo. Ele estava se revelando para alguns dos principais rabinos daquela Terra e apenas num relance, num pequeno aceno, aquela chama de revelação começava a queimar no profundo do seu interior e num segundo os olhos dos seus corações eram abertos.

Salmo 102:16 “Porque o Senhor edificou a Sião, apareceu na Sua Glória”
Nós seguimos estes rabinos até seus lares e eles se fecharam em seus quartos. Eu os via cair sobre seus joelhos e clamar “Isto muda tudo. Isto muda tudo!” Eu podia ver o Senhor vindo e soprando sobre aquela pequena semente de revelação no seu interior e pouco a pouco começando a queimar como um crescente fogo. Eu pude ver aquela pequena chama de revelação se tornar como uma “fogueira corroendo seus ossos”.

Eu vi que este fogo continuava a queimar até o dia determinado no qual estes rabinos não conseguirão mais segurar e irão bradar nos altos montes “Yeshua é o Messias!”

Eu me lembrei de como oramos por isso em nossas pequenas reuniões de oração na cidade do Kansas, que Jesus apareceria, viria em Sua glória. Ele virá, Ele realmente virá. Eu olhei e esta era a primeira vez que eu via a face de Jesus e Ele tinha lágrimas escorrendo em Sua face e pude ouvi-lo dizendo: “Ah Jerusalém, ah Jerusalém!”

Eu podia sentir em meu coração a paixão e o amor que Ele tem por Israel. Eu pude ver o coração de um apaixonado quando não tem o retorno de sua amada. E Ele olhou para mim de novo e disse: “Até que o seu coração esteja rasgado e quebrado como sua carne está agora, você não conhece meus amigos. Você não me conhece.”

Eu pude sentir no profundo do meu ser o profundo amor que Ele tem por Israel. Como Jacó amou Raquel, como Elkanah amou Hannah, porém Seu amor estende-se muito além do amor carnal. Eu continuava chorando e o sal das minhas lágrimas fez minha pele arder, eu não conseguia parar de chorar e quando eu achei que não agüentaria mais, quando já me via desabando em um montão de lágrimas no chão, Ele disse naquele baixo sussurro para mim: “É tempo de dançar.”

De repente nós estávamos bem em frente ao Muro das Lamentações e Ele começou de novo aquela dança, batendo os pés no chão, aquele sapateado tribal, aquela dança de pés perfeitos, como eu nunca tinha visto. Era sempre no momento em que eu me sentia mais sem forças, e cansada que Ele dizia “É tempo de dançar”. Eu sentia a presença do poder, o poder daquela dança sobre a injustiça. Ah que bela imagem, ver o Filho de Deus e Seus pés perfeitos marchando ali e dançando sobre a injustiça! Jesus continuava dizendo “É tempo de dançar. É tempo de dançar”

Há uma nova dança surgindo, que brotará da nossa adoração e do nosso coração pelos pobres da Terra, pelos esquecidos, mas que o Senhor chama de amigos e somente quando nosso coração estiver totalmente quebrantado é que será o tempo de dançar.

Ah que visão tremenda, quando o Rei dos reis, a Justiça da Terra e Seus passos perfeitos que revelam as marcas da paixão começam a dançar, e pisar sobre a injustiça. É uma dança literal. É uma marcha real.

É tempo de dançar. Eu percebia isso no meu sonho enquanto andávamos pelas ruas, subindo até o muro aonde Ele começou Sua dança. Eu sabia que Ele estava se revelando para muitos, pessoas chaves na comunidade judaíca, rabinos de alto escalão na comunidade, exatamente no meio daquela dança.

Eu vi seus olhos incharem. Eu pude ver dentro deles, seus corações batendo fortemente. Eu pude ver o Senhor colocando dentro deles um entendimento de que Ele e somente Ele é o Messias. Para um momento como esse, o dia está chegando, em que os determinados rabinos no tempo do Senhor, terão seus corações movidos e agitados e explodirão por dentro, até correrem aos altos lugares de Jerusalém e gritarem para toda Jerusalém: “Yeshua é o Messias. Bendito é o que vem em nome do Senhor!”
Neste momento, eles estão escondendo isso e se perguntando se isso realmente aconteceu, se foi real.

Já foi estabelecido para um determinado momento nos dias que virão. Ele aparecerá e abrirá os olhos dos corações dos homens e colocará seus ossos em chamas. Eu pude ver estes rabinos explodindo com a Palavra do Senhor, proclamando sua vinda. Está acontecendo. Foi determinado para um tempo específico. Está acontecendo hoje.

Jeremias 20:9 “Então disse eu: Não me lembrarei dele, e não falarei mais no seu nome; mas isso foi no meu coração como fogo ardente, encerrado nos meus ossos; e estou fatigado de sofrer, e não posso mais.”

E ainda por fim Ele disse: “Até que o seu coração esteja rasgado e quebrado como sua carne está agora, você não conhece meus amigos.”



É tempo de dançar!



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